Ciabatta e Massa Mãe sem Glúten

 #PãoSemGluten 



Desde que a minha vida me levou a retirar o glúten por necessidade e os ultraprocessados por escolha própria, redescobri o gesto ancestral de fazer pão com as minhas mãos.👩‍🍳🥖



 Descobri também que há um certo poder curativo no ato de mexer uma massa sem glúten — não precisa de sova, apenas de paciência, silêncio e espera. 🤗



O pão nasce mais simples, mas não menos profundo: enquanto repousa, a casa inteira se enche daquele aroma de padaria quente, um cheiro que desperta memórias, aconchega e cria momentos sensoriais com as Cuquinhas, que tantas vezes pedem para ajudar.👶😅👧



Desta vez, entreguei-me a duas experiências: preparar uma ciabatta sem glúten, sem farinhas processadas e com massa mãe — a velha massa azeda. 😉😁



Esse pão rústico, criado nos anos 80 em Verona, tornou-se um ícone da simplicidade italiana: crosta fina, estaladiça, e um miolo leve, cheio de alvéolos irregulares, como pequenas janelas de ar. 🥖😍



A magia da ciabatta vive na hidratação generosa da massa, no tempo longo de fermentação e no mínimo manuseio, que permite à natureza fazer o trabalho.😁😇



👉 Uma receita que guarda essa essência:


✨ Ciabatta Sem Glúten com Massa Mãe


Ingredientes:


• 150 g de farinha de arroz ou sarraceno ou aveia

• 150 g de amido de milho ou fécula de batata

• 150 g de polvilho doce ou azedo

• 50 g de fibra de psílio

• 700 ml de água morna (hidratação de 80%)

• 10 g de sal

• 20 g de fermento biológico seco (ou 300 g de massa mãe ativa)

• 1 colher de sopa de mel

• 20 ml de azeite virgem extra

• 1 colher de sopa de fermento 


Preparação:


• Numa taça, misturei todos os ingredientes até formar uma massa pegajosa.



















• Cobri com pano e deixei descansar por duas horas.







• Levei ao frio para uma fermentação lenta, de 8 a 12 horas.

• No dia seguinte, coloquei a massa sobre superfície enfarinhada, dividi em pedaços e moldei levemente em retângulos achatados.








• Deixei repousar mais uma a 2  horas.



• Levei a forno quente (220 °C) com tabuleiro de água para vapor e cozi 40–45 minutos, até dourar.







O resultado? 😏🫣

Um pão leve como nuvem, cheio de ar, estaladiço por fora e húmido por dentro.🤪😜



E para que este pão aconteça, a massa mãe é a alma. Massa mãe ou massa azeda, dois nomes para o mesmo fermento vivo, cheio de microrganismos que dão sabor, aroma e estrutura.😉☺️



✨ Massa Mãe Sem Glúten sem Glúten 


Ingredientes:


• Farinha sem glúten (arroz integral, trigo sarraceno, milho ou quinoa)

• Água filtrada


Passos:


• Dia 1: Misturar 50 g de farinha com 50 ml de água num frasco. Cobrir levemente.






• Dia 2: Alimentar com mais farinha e água, mexer bem.






• Dia 3 a 5: Repetir o processo, descartando metade a cada vez.




• Dia 6 ou 7: O fermento deve estar ativo, borbulhante, com cheiro levemente ácido-doce, pronto a ser usado.





Um pão de massa mãe é diferente: mais digesto, mais arejado, com sabor profundo e aroma de padaria antiga. É pão com identidade, não apenas substituto.☺️



E quando chega à mesa, transforma-se em partilha.😋



 Para mim, ainda morno com manteiga. Para o Mestre Cucas, com queijo da ilha ou doce caseiro. Para a Cuquinhas bebé, em fatias com manteiga de amendoim ou creme de chocolate sem artifícios.☺️👨‍👩‍👧‍👧




 Cada um encontra nele uma memória ou cria uma nova. Eu, por vezes, lembro-me da infância em Alcácer, o Tulicreme espalhado no pão caseiro da aldeia, os anos 80 a aquecer o coração.😉😅





Este pão, ainda que sem glúten, guarda a alma do pão tradicional. E é aí que está a beleza: não é apenas receita, é experiência sensorial, memória, saúde e prazer.☺️😇💪👩‍🍳









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