Pão Alentejano sem Glúten com Massa Mãe Sem Glúten e Sem Desperdício

 #PãoSemGluten 



Há dias em que a memória pesa mais do que o cesto do pão. E hoje, voltaram-me à alma as saudades do meu Alentejo, das férias longas da infância, da calma dourada das planícies e do ritual semanal de fazer Pão Alentejano — aquele pão tosco, divinal, de sabor profundo, que sabia a casa, a forno de lenha e a histórias antigas.🤤🥖



Era, e é, o meu preferido. Mas desde que o glúten teve de sair da minha vida por motivos de saúde, nunca mais o provei. Nunca mais senti o estalar daquela côdea rústica ou o abraço quente do seu miolo branco.☺️😉



E foi então que decidi que era hora de matar saudades — de reinventar tradições, de trazer o Alentejo para dentro da minha cozinha, de criar um pão que respeitasse o corpo sem trair a memória.



Assim nasceu este Pão Alentejano sem glúten, rústico, honesto, sem farinhas processadas, com aquele aspeto tradicional que tanto me consola: casca crocante, miolo macio e um aroma capaz de encher uma casa inteira de lembranças.🤗😊



🥖 PÃO ALENTEJANO SEM GLÚTEN

Rústico • Caseiro • Aromático • Apto para celíacos


Ingredientes (versão com massa mãe)

• 150 g de farinha de trigo-sarraceno

• 100 g de farinha de arroz ou aveia

• 100 g de polvilho doce ou azedo

• 100 g de amido de milho ou fécula de batata

• 50 g de fibra de psílio

• 800 g de água filtrada (morna se usar fermento de padeiro)

• 300 g de massa mãe ou 11 g de fermento de padeiro

• 1 c. sopa de fermento

• 1 c. sobremesa de vinagre de maçã (opcional)

• Sal marinho

• (Opcional e recomendado) 1 c. sopa de farinha de grão para um aroma mais rústico


Versão low carb:

Trocar as farinhas  por farinha de amêndoa ou farelo de aveia!!!


🌾 Modo de preparação


1️⃣ Misturar


Dissolva a massa mãe na água.






Numa taça, junte todos os ingredientes secos. Adicione os líquidos e mexa com colher ou batedeira até obter uma massa:

✔ espessa

✔ elástica

✔ ligeiramente pegajosa

(Com pão sem glúten não se sova — apenas se envolve.)















2️⃣ Primeira fermentação


Tape a taça  untada com azeite  virgem  extra  e deixe repousar:

• 3–4 horas à temperatura ambiente ou

• 8–12 horas no frigorífico, para um sabor mais profundo, digno do pão alentejano de aldeia.







3️⃣ Moldar


Coloque a massa numa superfície polvilhada com farinha de arroz. Molde uma bola e puxe um pequeno “bico” ou dobra no topo — a típica “cabeça” do pão alentejano.












4️⃣ Segunda fermentação


Deixe repousar entre 60 e 120 minutos, até ganhar leveza.







5️⃣ Cozer


Pré-aqueça o forno a 230 ºC com um tabuleiro dentro.

Transfira o pão para o forno e crie vapor adicionando água ao tabuleiro inferior.



Asse por 60 minutos (ou 90–100 min se for um pão grande).




A meio, tape com papel de alumínio se necessário.




O pão deve ficar:

✔ côdea firme e crocante

✔ miolo húmido, estável

✔ perfume rústico, quase de forno de lenha



Receita da Massa Mãe Sem Glúten e Sem Desperdício:

https://tachosecucas.blogspot.com/2025/11/massa-mae-sem-gluten-e-sem-descarte.html



✨ Dicas importantes

• Mais água = miolo mais leve.

• O psílio é essencial para dar estrutura e elasticidade ao pão sem glúten.

• A fermentação longa no frio cria o sabor profundo típico do Alentejo.

• Para um toque ainda mais tradicional, use farinha de grão — acrescenta alma ao aroma.



❤️ Resultado

Um pão:

• sem glúten

• sem farinhas processadas

• nutritivo

• de sabor tradicional

• perfeito para sopas, azeite novo, enchidos ou simplesmente para comer morno com manteiga



🌾 O pão como memória

O pão é mais do que alimento — é colo quente, é casa, é o cheiro que abre a manhã devagar. Nasce duas vezes: uma na taça, onde repousa em silêncio, e outra no forno, onde desperta e se faz inteiro, dourado e vivo.🥰😅



Há algo de sagrado no seu crescer lento, como se cada bolha de ar guardasse um sopro das gerações que vieram antes.😇



Quando sai do forno, quente e vibrante, a cozinha ganha outra respiração. A côdea estala como madeira ao sol, o miolo revela uma maciez terna e o aroma espalha-se como um abraço antigo.😉😛



O pão une. Reúne. Cria mesa, conversa e família. E mesmo quando é sem glúten, quando precisa de ser reinventado, permanece pão — continua a confortar, a perfumar, a trazer felicidade aos gestos simples.😍😉



Porque não poder consumir glúten não é sinónimo de restrição; é sinónimo de substituições conscientes.😇



É adaptar sem perder a magia.🤩



É respeitar o corpo sem abdicar da memória.🤩



E este pão — este meu Pão Alentejano recriado — é prova disso: um pedacinho do meu Alentejo, agora ao alcance das minhas mãos outra vez.😋




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